sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Há somente um último projétil, na agulha, que poderia trazer luz a distorção de direitos trabalhistas dentro da Estatal, se disparado com precisão, é claro.

Quando a Empresa não votou a CCT no Sindicato Patronal por não ter representação, ainda assim tem que cumpri-lo.

   Os amigos mais próximo conhecem meu pensamento pessoal sobre tudo que está acontecendo e sabem que, quanto a Estatal, o acesso autorizado pela  Procuradora do Trabalho Isabella Gameiro da Silva Terzi a documentos das investigações do Ministério Público do Trabalho na Estatal lançou em mim luz que eu não tinha antes sobre a questão e tirou dúvidas que nunca tive, trouxe respostas que nunca havia feito.

   Ressalto que "não tive essas dúvidas e não fiz tais perguntas que obtive por desconhecer a materialidade da questão"; mas, como disse o "Histórico Homem de Nazaré", a mais de 2000 anos atrás: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."

   Baseando-se que conhecer a verdade é o mesmo que tirar o homem das trevas, ao mesmo tempo lamento ter tomada parte e gritado coisas que desconhecia quase que completamente. Desconhecia, não que eu seja obtuso para não ter entendido quando se havia explicado, mas por ter enxergado coisas pela ótica parcial apresentadas ou omitidas a mim e a nós. Nisso, culpo a Estatal. Seu silêncio sepulcral e desprezo têm gerado todos os conflitos, uma vez que tudo que os Trabalhadores buscam é tentar resolver de forma pacífica sua situação financeira, têm sido a busca do diálogo. Nesse afinco, aliariam-se a qualquer um que lhes estendessem as mãos. Isso é mais do que natural.

   Sim, sou livre em minha consciência em dizer que a falta de coragem dos Trabalhadores, exceto a coragem daqueles 25 homens, em meio aos 915 Empregados Públicos da Estatal lotados no AMRJ, em defender projetos pessoais, sonhos de futuro e manutenção de suas famílias demostrada nos Atos de Protestos Silenciosos na Escadaria, junto ao Ponto de Ônibus da Estatal no AMRJ, que objetivava chamar a Atenção da Administração da Estatal para a agonia sofrida por nós, me desmotivou.

   Há somente um último projétil, na agulha, que poderia trazer luz a distorção de direitos trabalhistas dentro da Estatal, se disparado com precisão, é claro. Não chego ao extremo da presunção de dizer que poderá trazer solução, pois, como disse um comentarista inúmeras vezes aqui, nos comentários do Blog, tempos atrás: "a época de piquete acabou, Alexandre", mas um ATO Genuíno para demonstrar aos Parlamentares em Brasília, aos Desembargadores, ao Procurador Geral da República em Brasília, que a Estatal contrata profissionais de inúmeras atividades e categorias profissionais mas não respeita o Piso Salarial previsto na CLT, art. 611 (leia o artigo). Sim, isso traria essa luz às trevas que cobrem nossa realidade.

  Companheiros, somente nisso, distorção salarial quando todos na Estatal têm suas Profissões, Técnicos na área de Administração ou em Estruturas Navais, Jardineiros, Metalúrgicos, Advogados, Médicos, Enfermeiros, Serventes, Pedreiros, Seguranças, Cozinheiros, Almoxarifes etc... Estamos certos quando "lutamos" por justiça salarial dentro da Estatal, já nos demais quesitos, até que me provem o contrário, estamos errados (ou meio certos).

   A Estatal presta Serviços diferenciados sem concorrentes sim, assim como os Correios o fazem, e, no caso da Estatal, não somente metalurgia; nisso eu martelei o contrário aqui no Blog e estive errado o tempo todo.

   Só que ela não pode negar que contrata técnicos, mecânicos, eletricistas, torneiros, chapeadores etc., ligados à atividade metalúrgica, como ela mesma reconheceu (leia).

   Entender que o DEST e suas politicas para as Estatais impedem a Estatal de muitas ações em Benefício do Empregado da Estatal (como melhor distribuição da PLR, Reajustes acima do IPCA, por exemplos), até mesmo reconhecer que a Marinha (DGMM/Diretoria Geral do Material da Marinha) tem seu Orçamento limitado para manutenção da Frota da Armada e seus Bens físicos e não há previsão de aumento no Orçamento este ano que justifique os Aumentos Salariais previstos, quando da elaboração do PCS da FIA, e que esse Orçamento da União para ao DGMM/Marinha do Brasil não engloba, diretamente, à mesma proporção, aos Aumentos de mais de 300% nos Salários com faturas do Pessoal da Estatal no Apoio à FAJ, ao LFM, ao Espigão, ao AMRJ etc., de acordo com o que rege o Piso Salarial de suas categorias profissionais, é uma coisa, não reivindicar esses salários justos é outra coisa completamente diferente.

   Como fazer com que a União (MPOG) repassasse o Orçamento (verba) para o DGMM (Diretoria Geral do Material da Marinha) para cobrir essa realidade de disparate salarial?

  Como fazer com que o MPOG tenha essa mesma visão da Distorção Salarial vivida pelos Trabalhadores da Estatal a Serviço da Marinha, ou seja, a Visão de que há inúmeros Profissionais, Técnicos na área de Administração ou em Estruturas Navais, Jardineiros, Metalúrgicos, Advogados, Médicos, Enfermeiros, Serventes, Pedreiros, Seguranças, Cozinheiros, Almoxarifes Motoristas, Vigias, Carta Náuticas (pilotos de lanchas, iates, navios etc.) cujos salários estão incompatíveis com seus Pisos Salariais Profissionais?

  Somente  com um ATO Humanitário genuíno, como o idealizado!

  Um ATO de Protesto Singular, Pacifista como o é, que não causaria distúrbios na Ordem Pública, Caos Urbano no Trânsito... Mas esse ATO deveria contar com com todos esses Profissionais das inúmeras profissões.

   Mas, esbarramos no "MEDO"... 

   Esbarramos na falta de Coragem... Medo que faz o Trabalhador se submeter a baixo salário, ainda que esse medo tenha feito suas famílias sofrerem, até hoje...

   Eu não entendo, e não me permito entender, como pode-se temer quando se sofre?

   Mas esse fenômeno existe e não há nada que se possa fazer. Não há Blog que consigam fazê-los entender que devem reagir ao medo, a falta de coragem.

   O ATO de Doação de Sangue só "seria" (entenda o verbo entre aspas no pretérito imperfeito do indicativo, como quero que seja entendido) sucesso, se todos esses Trabalhadores das Profissões listadas acima aderissem ao ATO de Doação de Sangue no HEMORIO.

  Só seria possível se entendessem esse ATO como forma de Protesto Singular que é. Um ATO Pacífico pouco explorado pelos Sindicatos, na verdade, um ATO Humanitário e Inteligente.

   Agora, somente com os 50 homens e seis mulheres que estiveram presentes no TRT, em 23/9/2014, para Protestar no Dia da Audiência de Conciliação convocada pela Juíza Gláucia, não vai dar. Somente com esses cinquenta homens e seis mulheres que compareceram não podemos fazer essa injustiça ecoar... Não poderemos tornar pública, em Brasília, essa Realidade de Injustiça Salarial vivida por todos os Trabalhadores (a exceção são os cargos comissionados na Administração da Estatal) que nada tem a ver com "Representatividade Sindical do Sindimetal Rio", mas trata-se de uma injustiça latente, presente ainda hoje, e sem previsão de fim.

   A Repercussão viria, até porque o Tema "Estatal Federal" tem sido motivo de curiosidade pela Imprensa e Mídia Televisiva e Virtual, mas há de se ter coragem e assumir os Riscos que podem naturalmente advir daí.

   Sei que há dezenas de homens que esperam esse Dia como Verdadeiros Guerreiros, mas esse ATO é um ATO de Protesto sim, só que ele envolve uma Simbologia Sagrada que queremos explorar com boa intenção à nossa situação que sofremos quando damos nosso Sangue à Marinha do Brasil e sofremos pela baixa remuneração. Acima de um Simples ATO de Protesto, "trata-se de um ATO de Doação de Sangue ao Próximo."

   Não podemos deixar que um ATO como esse seja frustrado, como o que convocamos no TRT, em 23/9/2014, e tivemos vários companheiros que fizeram campanha contra (com motivação pessoal, creio eu).

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9 Comentários:

Às sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015 às 12:15:00 BRT , Anonymous Anônimo disse...

agora é cada um por si. esse negocio de ir pra rua acabou. minha luta e na justiça com meu advogado.

ta todo mundo correndo por fora. acha que a gente vai pra rua? fala serio.
Procura um advogado e poe na justiça tambem.

 
Às sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015 às 12:55:00 BRT , Blogger Alexandre do Blog disse...

Seu Advogado já disse a você que a Estatal vencendo na Ação Rescisório seu processo é vencido junto?

Há! Eles disseram que é quase impossível isso acontecer?

Os Trabalhadores que respiraram esse Processo 0168800-03-2005-5-01-0021, como eu, aqui, durante 4 anos, sabem que tudo que a Estatal fez, até chegar a Brasília, era muiiiiiiiiiiiiiiiiiiito difícil.

Entre no site do MPT, peça o direito de acompanhar as investigações dos Procuradores do MPT nas denúncias contra a Estatal, entenderá que eles dizem que a maioria de seus profissioniais não são metalúrgicos, mas Administrativos. Como exemplo disso, embora não esteja escrito lá, é a lista que ela reconheceu como representados pelo Sindimetal Rio, 536 trabalhadores, quando em seu quadro, há 1700 trabalhadores.

Nosso processo individual são castelos de cartas...

Sei que há um monte de Trabalhadores, como você, que resolveram relaxar a mente e abaixar a guarda. Mas daqui a 3 anos, no mínimos, se a Estatal não quiser propor um Acordo com você na audiência da fase de conhecimento (coisa que não é do costume dela fazer), esperará o julgamento e todos os recursos pensados e impensados, se vencer a Estatal em 1º instâncias.

Quando for feito o pedido de execução de sentença, ela não pagará, por ordem judicial, até o devido julgamento da Ação Rescisória que visa justamente anular seu direito de metalúrgico, pelo STF, ou seja, mais ou menos uns 6 anos. Seu direito está sendo negado não pelo direito a salário igual ao da CCT/SINAVAL, seu direito hoje está sendo negado sendo você um profissional.

Não lute pelos seus direitos coletivos a salários justos e espere e veja o vento da Ação Rescisória soprar sob o castelo de cartas que são os processos individuais.

Ainda que haja 1700 processo, a Estatal tem, segundo ela, 120 milhões no BB e CF, como reserva, dá para contratar 1700 advogados, se ela quiser.

Sejamos inteligentes e lutemos pelo justo.

 
Às sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015 às 13:20:00 BRT , Anonymous Anônimo disse...

E você ainda fica dando dica pra empresa... Po, a empresa le esse blog, Alexandre. Tu tem que pensar mais antes de ficar escrevendo isso.

Voce tem que passa motivação pra gente. Dizer para todo mundo ir a luta. Entrar na justiça, Dizer com fica a empresa quando 1700 processos individual chegar la na sede. So que você fica igual um profeto do apocalipise. Tipo a Empresa vai fazer isso, vai fazer aquilo . Eu li isso, eu li aquilo. o mpt vai fazer isso, esta escrito aquilo. Pelo amor de deus.

Marca logo a doação de sangue e quem for vai e quem nao quiser ir que sinta vergonha no dia seguinte. E pronto.

 
Às sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015 às 13:29:00 BRT , Blogger Alexandre do Blog disse...

http://metalurgicosdaemgepron.blogspot.com.br/2014/12/o-blog-pede-desculpas-aos-mais-de-13873.html

Quando eu disse que a Estatal estava buscando anular direitos dos Empregados Metalúrgicos da Estatal e tirar o Sindicato da Representatividade, ano passado, logo após a Audiência do dia 23/09, me chamaram de pessimista, sem fé, filho da puta, pelego, que eu estava dando dica para empresa e toda idiotice que vem só de quem está olhando para o próprio umbigo, sem imaginar que usam a gente como peões de um tabuleiro de xadrez.

Isso está previsto que acontecerá. As desculpas que não protesto por causa de mu processo pode ser um tiro saindo pela culatra.

Mas posso estar errado, você tem razão, só não me peça para vender um peixe que exala a peixe podre.

Vamos esperar e ver o que acontece.

 
Às sábado, 28 de fevereiro de 2015 às 09:36:00 BRT , Anonymous Anônimo disse...

Alexandre Vc não está dando dica pra empresa nenhuma mesmo porque todo mundo sabe que a empresa é especialista nisso, em nos prejudicar.E um absurdo esse camarda dizer isso, pelo que entendi Vc só ta abrindo os olhos de muitos que acham que já ganharam só porque colocou no individual, vcs acham que a empresa realmente pagou um milhão e meio só pra abater no imposto de renda? É ser muitíssimo inocente!!! Acorda galera o bicho é mais feio do que nós pensamos, ouve o Alexandre ele sabe o que fala.

 
Às sábado, 28 de fevereiro de 2015 às 12:05:00 BRT , Anonymous Anônimo disse...

Ele ficou cara cara com o número 1 e pediu cesta alimentação. Ele sabe o que diz né? Se fosse eu pedi a o piso. Eu quero meu dinheiro isso sim. Pedir Cesta alimentação é pedi esmola.

 
Às sábado, 28 de fevereiro de 2015 às 14:14:00 BRT , Anonymous Anônimo disse...

Boa tarde! Voce sabe me dizer pelo que o sindicato dod metalurgicos lutaram todo esse tempo na justiça? Representatividade e reajuste? Ou representatividade e piso salarial? Voce dispoe de algo documento que comprove a resposta a essa pergunta? Aguardo resposta e muito obrigado companheiro!

 
Às sábado, 28 de fevereiro de 2015 às 14:46:00 BRT , Blogger Alexandre do Blog disse...

Há vasta quantidade de documento sobre isso, mas como fornecê-lo?

O sindicato pediu a representatividade e ganhou. Logo depois, quando a Estatal usava seus recursos e embargos para que a Desembargadora Mirian Lippi reformulasse a sentença da Juíza, o Sindimetal Rio pedia o cumprimento da CCT.

No link, na postagem, entende-se que a Empresa pode até não ter representante no Sindicato Patronal, mas seus Empregados tem direito às garantias da CCT.

Se não seria mole de mais, o Empregador se excluia de ser membro do Sindicato Patronal, como FIRJAN e SINAVAL, para não cumprir a Convenção elaborada pelos Sindicatos das indústrias e estaleiros.

 
Às segunda-feira, 2 de março de 2015 às 06:52:00 BRT , Anonymous Anônimo disse...

Obrigado pela atençao companheiro! Mas o X da questao nao foi esclarecido. Segundo documentaçao fornecida pelo proprio sindicato a nos fomos enquadrados no grupo 19 e a luto desde o inicio foi por representatividade e reajuste, não por piso. Onde dentro do contexto que estou descrevendo para vc a Engepron sempre nos "pagou o piso". Não quero criar contovérsias, pois sempre fui defensor do sindicato, por isso busquei ao companheiro para dirimir essas duvidas.

 

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Quando um homem perde a fé em algo, ele perde a motivação de lutar por esse algo.

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